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😰 O Simples Nacional está mesmo protegido na Reforma?
Milhares de micro e pequenas empresas acreditam estar seguras no Simples Nacional. No entanto, a Reforma Tributária pode colocar em xeque essa percepção. Apesar dos discursos que prometem preservar o regime, a nova legislação trará mudanças profundas na tributação.
Além disso, o fim de regimes especiais, a introdução do sistema não-cumulativo e o novo formato de recolhimento de tributos representam uma verdadeira reestruturação fiscal. Por essa razão, quem ignora os efeitos práticos pode sofrer grandes prejuízos.
⚠️ O erro mais comum: subestimar os efeitos
O maior equívoco que muitos empresários cometem é ignorar os impactos da Reforma Tributária no Simples Nacional. Muitos só perceberão os efeitos quando as contas não fecharem, o caixa ficar no vermelho ou faltar capital de giro.
Por isso, entender o que está mudando é essencial para agir com antecedência.
🧾 O que muda com o novo sistema não-cumulativo?
Com a Reforma, o Brasil adotará um sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Nesse modelo, cada empresa paga tributo apenas sobre o valor que adiciona ao produto ou serviço. Esse mecanismo é baseado no crédito tributário.
Veja como funciona:
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Uma indústria compra um insumo por R$ 1.000, com 10% de imposto (R$ 100,00).
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Ao revender o produto final por R$ 2.000, teria que pagar R$ 200,00 de imposto.
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Contudo, ela se credita dos R$ 100,00 pagos e recolhe apenas R$ 100,00.
O mesmo ocorre com o comércio e outros elos da cadeia. No final, o imposto é cobrado sobre o valor agregado em cada etapa, de forma transparente e equilibrada.
🧮 Onde o Simples entra nisso tudo?
O problema está justamente no fato de que empresas do Simples Nacional não geram créditos relevantes para seus clientes. Portanto, um cliente que compra de uma empresa no Simples não poderá se creditar do valor integral, o que pode tornar esse fornecedor menos atrativo.
Com isso, a Reforma permitirá que empresas do Simples escolham:
🧾 Recolher “por dentro” do Simples:
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Alíquota reduzida;
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Não gera créditos expressivos para os clientes;
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Não se apropria de créditos nas compras.
📊 Recolher “por fora” do Simples:
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Alíquota maior;
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Gera créditos para os clientes;
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Pode se apropriar dos créditos de fornecedores.
Em ambos os modelos, a margem de lucro será impactada. A escolha errada pode reduzir a competitividade e comprometer a saúde financeira do negócio.
💡 O que fazer agora?
Ignorar o impacto da reforma é um erro estratégico. Se você é empresário, a pergunta certa não é “será que a reforma vai me afetar?”, mas sim: “o que estou fazendo para me preparar?”
Se sua contabilidade ainda não te deu essa resposta, talvez seja hora de buscar quem te ajude a atravessar essa transição com segurança.
