Reforma da Renda – PL 1.087/2025

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Entenda a Reforma da Renda – PL 1.087/2025

1. Contexto da aprovação

Em 21 de agosto de 2025, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para a tramitação do projeto.
➡️ Com isso, o texto não precisa mais passar pelas comissões e pode ir direto ao Plenário.
O governo pretende que as mudanças entrem em vigor em 2026, junto com a reforma do consumo.


2. Principais mudanças no Imposto de Renda da Pessoa Física

  • Isenção ampliada: quem recebe até R$ 5.000 por mês (R$ 60 mil por ano) ficará livre do IR.

  • Desconto na alíquota: rendas entre R$ 5.000 e R$ 7.350 terão redução progressiva no imposto.

  • Alíquota para altas rendas:

    • Acima de R$ 50 mil/mês, será aplicada tributação adicional de até 10%.

    • A partir de R$ 600 mil/ano, começa a cobrança mínima gradual.

    • Ao superar R$ 1,2 milhão/ano, a alíquota chega ao limite de 10% integral.

👉 Assim, a reforma busca desonerar a base da população e aumentar a contribuição das altas rendas.

Renda mensal (R$) Desconto (%) Imposto sem desconto (R$) Imposto final a pagar (R$)
5.000,00 100 312,89 0,00
5.500,00 75 436,79 190,47
6.000,00 50 574,29 394,54
6.500,00 25 711,79 598,61
7.350,00 0 891,79 891,79
Renda anual (R$) Cálculo da alíquota mínima Alíquota Final (%) Imposto mínimo extra a pagar (R$)
750.000 (750.000 – 600.000) / 600.000 × 10% 2,5 18.750
900.000 (900.000 – 600.000) / 600.000 × 10% 5,0 45.000
1.050.000 (1.050.000 – 600.000) / 600.000 × 10% 7,5 78.750
1.200.000 (1.200.000 – 600.000) / 600.000 × 10% 10,0 120.000

3. Tributação sobre lucros e dividendos

Lucros e dividendos pagos a pessoas físicas terão novas regras:

  • Se ultrapassarem R$ 50 mil/mês, haverá retenção na fonte de 10%.

  • O valor retido será ajustado na declaração anual, levando em conta:

    • a carga já paga pela empresa (IRPJ e CSLL);

    • a nova tributação do IRPFM (Imposto de Renda da Pessoa Física Mínimo).

➡️ Para evitar bitributação, o texto prevê um redutor, equilibrando a soma dos impostos pagos pela empresa e pela pessoa física.


4. Base de cálculo do IRPFM

A base inclui praticamente todos os rendimentos anuais. No entanto, ficam excluídos:

  • valores de poupança;

  • indenizações por acidente de trabalho, danos materiais ou morais;

  • aposentadorias e pensões por doenças graves ou acidente em serviço;

  • rendimentos de títulos e valores mobiliários isentos, exceto participações societárias.


5. Impacto fiscal e compensações

A ampliação da isenção gera uma renúncia de R$ 25,8 bilhões em 2026.
Por outro lado, a tributação de altas rendas e dividendos no exterior deve garantir R$ 34,1 bilhões de receita extra.
➡️ Assim, a conta fecha com saldo positivo para o governo.

Além disso, o projeto permite que parte dessa arrecadação extra seja usada para reduzir a alíquota da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) a partir de 2027.


6. Regras constitucionais

A Constituição determina que aumentos de tributos como IR e CSLL só podem vigorar 90 dias após a publicação da lei.
👉 Portanto, o Congresso precisa aprovar o projeto em 2025 para que as novas regras sejam aplicadas já em 2026.
Caso contrário, a vigência só começará em 2027.


7. Pontos de atenção estratégicos

  • Empresas: devem revisar sua política de distribuição de dividendos.

  • Investidores: precisam considerar o novo custo sobre aplicações que envolvem sociedades empresariais.

  • Planejamento tributário: a progressividade do IRPFM exige novos cálculos para evitar impactos excessivos.

  • Altas rendas: pessoas físicas com rendimentos elevados devem reorganizar sua carteira de investimentos.


Resumo final

Com essa reforma, o governo busca aumentar a progressividade do sistema tributário, aliviando a carga sobre rendas mais baixas e elevando a contribuição dos contribuintes de maior capacidade econômica.
➡️ Na prática, quem ganha até R$ 5 mil será isento, enquanto grandes rendimentos passarão a ter um imposto mínimo mais consistente.

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